O que acontece no V Amazônia Encena na Rua?
Há sete dias que a mesma cena se repete: a arena da Estrada de Ferro Madeira Mamoré se ilumina, o som vai sendo ajustado pelos técnicos e os espaços na grande escadaria vão se preenchendo. Uma após outra as pessoas vão chegando. O apresentador do espetáculo anima o público e pronto, começa mais uma noite de grandes emoções da V edição do Festival de Teatro Amazônia Encena na Rua.
E desta maneira, o público da capital assistiu até sexta-feira, 27 espetáculos de dança e teatro de grupos de diversas partes do Brasil e da América Latina. Na noite de 22(domingo) a Cia. Juglarte de Guatire, Estado Miranda, Venezuela, apresentou o espetáculo La Imaginacion uma dupla de palhaços que acreditam ser grandes malabaristas e que transformam a cenas de malabares em grandes truques com muito humor e com a participação do público. No mesmo dia a Lamira Cia. de dança de Palmas(TO) fez os olhos do público brilhar com o espetáculo Do Repente, uma verdadeira mostra de criatividade, a cia traz através da dança contemporânea o Romanceiro popular do nordeste brasileiro de forma viva e audaz o público vibrou ao final da apresentação que foi aplaudida de pé.
| Lamira cia. de dança de Palmas(TO) FOTO: Herbert Weil |
Melhor dizendo, a noite
de domingo(22) foi repleta de grandes apresentações que
prenderam o público de alguma maneira a permanecer na Arena
até o final dos espetáculos. A cia. de Teatro nu escuro
trouxe o espetáculo carro caído que é de maneira
simples e cômica adaptou um conto de Câmara Cascudo e
conta a história de Rubião um sujeito valente que tem
uma estranha mania de falar nomes de santos misturados com nome de
demônio. No decorrer do espetáculo os personagens vão
ganhando forma e revelando-se ao público, o espetáculo
dialoga diretamente com a platéia, os personagens valentes, os
covardes, os vilões nem tão maus e os mocinhos nem tão
bons são o diferencial e aproximam os personagens da
realidade, pois ninguém é todo mau e nem todo bem.
O Grupo Corpos Teatro Independente de Teresina(PI) fecha a noite
de domingo com O Auto da Folia de Reis um musical Infantil construído
a partir de quadras, lendas, parlendas, cantigas de roda e
personagens folclóricos. O diferencial do espetáculo é
o figurino rico em detalhes e cores vibrantes, além da maneira
como apresentam-se formulados os personagens folclóricos:o
jaraguá, a Ema, o boizinho.
A noite de
segunda-feira(23) inicia-se pela Encantoria do grupo Experimental de
Teatro de Rua e Floresta Vivarte, que realmente encanta pela
habilidade musical e pelo conhecimento que demonstra ter da cultura
dos povos da floresta, a maneira respeitosa que o espetáculo
trata os símbolos, as lendas, as danças e os costumes
oriundos da cultura popular e os saberes dos povos nativos. O segundo
espetáculo da noite A paixão de Dionísio do
GTRUA(Grupo de Teatro de Rua) de Belém(PA) conta a história
do teatro ocidental utilizando-se de recursos simples, coloca em cena
personagens do cotidiano: 2 garis e um vendedor ambulante e vale-se
da simplicidade destes personagens para contar mais de 2 mil anos de
história. O espetáculo que fecha a noite faz jus ao
nome espetáculo, o grupo Buraco d'Oráculo de São
Paulo(SP) entra em cena com Ser TÃO Ser - Narrativas da Outra
Margem e deixa o público muito a vontade ao preparar um café
no centro da Arena e logo em seguida servir às pessoas,
enquanto conta sua história a personagem passa um
cafezinho e o público vai tomando café e se
identificando com cada imigrante que passa pela cena. A história
desenrola-se e o público assemelha-se cada vez mais com cada
um dos personagens. Uma mostra da luta dos povos que abandonam sua
terra em busca de novas perspectivas e encontra por onde passa mais
luta e dificuldades.
| Grupo Vivarte FOTO: Valdete Sousa |
| Grupo Buraco d'Oráculo FOTO: Valdete Sousa |
Além desses
espetáculos, passaram pela Arena da estrada de ferro até
o momento, O grupo de Teatro do Sesi de Porto Velho com a Amazônia
e a Princesa da Mata, o Grupo Manjericão de Porto Alegre com
as histórias de João Pé-de-Chinelo, O teatro
Imaginário de Maracangalha de Campo Grande (MS) TEKOHA -
Ritual de vida e morte do deus pequeno, Zão e Zoraida do
grupo UEBA de Caxias do Sul(RS). Grupo Eureca com a Língua
solta do Palhaço Joca de Macapá(AP), A Cruz e a moça
da Cia Cacos de Teatro de Manaus(AM), Pelas barbas do Mandi e pelo
suco do Açaí, apareceu um palhaço aqui com a
trupe do Palhaço Sorriso de Porto Velho(RO), O Juiz de Paz na
Roça com o MAPI(Movimento, Arte, Pesquisa e investigação
de Proto Velho(RO) e o grupo Locômbia Teatro de Andanças
com o espetáculo Mar Acá de Boa Vista (RR). Faremos
uma espanação sobre estes últimos
espetáculos na próxima postagem junto com o fechamento
do festival.

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muito bom :0) q alegria ... como consigo estas fotos do vivarte ...
ResponderExcluirDeste álbum do Picasa vc pode copiar e estou postando algumas no facebook também, pode me adicionar no face que poderá pegar as fotos procura por valdete sousa. Abraços!!!
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