O que acontece no V Amazônia Encena na Rua? - II Parte
A Arena da Estrada de
Ferro Madeira Mamoré sem nenhum espaço vazio e uma roda
de pessoas envolvendo o local demarcado para as apresentações,
essa foi a imagem que o público visualizou ao chegar no
Complexo da Estrada de Ferro, no domingo, 29, último dia de
apresentações do V Festival de Teatro Amazônia
Encena na Rua.
| Público do dia 29, domingo. Foto: Herbert Weil |
Até o dia
29, passaram pela Arena da estrada de ferro diversos grupos, já
falamos de alguns na postagem anterior e continuaremos nesta
postagem. No dia 24, Terça-feira passou pela Arena o grupo de
Teatro do SESI de Porto Velho com a Amazônia e a Princesa da
Mata, produção que apresentou um belíssimo
figurino. O Grupo Manjericão de Porto Alegre com As histórias
de João Pé-de-Chinelo, monólogo encenado pelo
ator Márcio Silveira que mostra a história de um
papeleiro que vive nas ruas, parques e praças catando
materiais recicláveis. O teatro Imaginário de
Maracangalha de Campo Grande (MS) fechou a noite com TEKOHA - Ritual
de vida e morte do deus pequeno, que narra a história de
Marçal de Souza dos índios Guaranis
no Mato Grosso do Sul.
| Teatro Imaginario de Maracangalha, Campo Grande(MS) Foto: Valdete Sousa |
A noite de
quarta-feira, 25, iniciou-se com a dupla de palhaços Zão
e Zoraida do grupo UEBA de Caxias do Sul(RS) que encantou o público
com suas histórias em busca da felicidade, a simplicidade das
piadas deixou as crianças e os adultos vidrados no espetáculo.
O Palhaço Joca do Grupo Eureca de
Macapá(AP), a exemplo dos últimos anos, roubou a
cena com o espetáculo a Língua solta do Palhaço
Joca. A noite encerra-se com A Cruz e a Moça da Cia Cacos
de Teatro de Manaus(AM) que utilizando a linguagem da dança e
da literatura de cordel fez um belíssimo espetáculo,
leve, engraçado e surpreendente.
| Cia Cacos de Teatro, Manaus(AM) Foto:Herbert Weil |
A trupe do Palhaço
Sorriso de Porto Velho(RO), inicia a noite de Quinta-feira, 26, com
"Pelas barbas do Mandi e pelo suco do Açaí,
apareceu um palhaço aqui" um show de malabarismo,
equilibrismo, mágica e muita palhaçada, um circo
inteiro dentro de uma mesma Companhia. O Juiz de Paz na Roça
com o MAPI (Movimento, Arte, Pesquisa e Investigação)
de Porto Velho(RO), trouxe uma montagem da obra de Martins Pena.
O grupo Locômbia Teatro de Andanças de Boa
Vista (RR), fechou a noite com o espetáculo Mar Acá que
trata das transformações culturais sofridas pelos
índios, o grupo consegue inovar mesmo em um tema tão
recorrente, utilizando-se da mímica, de música ao
vivo, de personagens do folclore brasileiro e peruano.
| Grupo Locômbia teatro de Andanças de Boa Vista(RR) Foto: Herbert Weil |
Um espetáculo de
Porto Velho abre a noite de Sexta-feira, 27, Julieta de Bela Flor, com o Grupo de Teatro Evolução, que através de
músicas e histórias da região norte contam a
história das irmãs Lavousiê. A dupla de
Palhaços Pato e Laranjinha enlouqueceram o público e
utilizando-se do humor pastelão arrancaram boas risadas
de todos. João Cheroso e João do Céu entram em
cena vendendo cordel e contando a história de Luiz
Gonzaga, assim iluminam a noite ao fazer o público cantar em
coral obras consagradas do Rei do Baião.
| A dupla de Palhaços Pato e Laranjinha Foto: Herbert Weil |
A noite de sábado, 28, foi marcada por grandes espetáculos de dança, dança
do ventre com Thallisson Lopes que deu um show juntos com suas
bailarinas. O grupo Locômbia teatro de andanças de Boa
Vista(RR) trouxe Odissi uma dança clássica da Índia
que relembra a simbologia da Yoga e da meditação. A
Cia. Será o Benedito? Rio de Janeiro(RJ) Entra em cena com
Poropopó, espetáculo que mostra as aventuras de uma
família de palhaços em busca de um grande número.
E os anfitriões, o Grupo Imaginário, fecha a noite de
sábado com Ferrovia dos Invisíveis, uma homenagem aos
100 anos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
| Cia. Será o Benedito? Foto: Herbert Weil |
A última noite
do Festival é marcada pelas grande atrações do
Circo de Arena, todos os circences que passaram pelo picadeiro do
Encena, voltam e realizam números ainda mais atraentes, a
Trupe do Palhaço Sorriso fez um surpreendente número de
Pirofagia que deixou a arena, que nesse momento estava super lotada,
em um grande suspense, com todas as luzes apagadas
e iluminados apenas pelas labaredas que vinham do centro da
arena. A Cia. Cata e Conta trás as surpreendentes Histórias
de Maga, uma lavadeiras cheia de sonhos e histórias para
contar. Em seguida, as Histórias do Circo sem Lona da Cia Tia
de Teatro, entra em cena com as artimanhas de dois palhaços
que não tem muitos dotes e precisam ganhar a vida. E
para encerrar o Festival O Grupo Imaginário re-apresenta a
Ferrovia dos Invisíveis.
| Trupe do Palhaço Sorriso Porto Velho(RO) Foto: Herbert Weil |
Nos nove dias de
Festival foram mais de 27 espetáculos teatrais e outros tantos
espetáculos de dança, além de apresentações
voluntárias e improvisadas. Muitos debates no Seminário
que aconteceu durante as tardes e pela manhã as Oficinas
proporcionaram novos conhecimentos aos grupos. Nos espaços do
Amazônia Encena houve aprendizado, troca, amizades,
descontração, alegria. Que venha o VI Amazônia
Encena na Rua, 2013 será ainda melhor, pois esperamos que os
grupos de Porto Velho estejam ainda mais fortes e mais participativos
dentro do Festival, que os grupos do interior do estado também
estejam por lá, pois as informações que circulam
neste espaço criado pelo Festival devem ser propagadas para
todos os municípios do estado.
| Oficina de Commedia del'Art Foto: Valdete Sousa |

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