Festival Amazônico de Monólogos e Breves Cenas realiza terceira edição
Wankabuki através do Prêmio Jango Rodrigues 2017 traz para Vilhena grupos de 3 estados brasileiros
As artes cênicas estiveram pulsando, em Vilhena, do dia 13 ao dia 15 de Dezembro, o que se viu pelas ruas, praças, bibliotecas e espaços culturais foi uma explosão de cenas, performances, e espectáculos. Nesses dias, fez-se arte, respirou-se arte, discutiu-se sobre arte. Já na segunda-feira, 10, o artista Rafael Barros monta sua exposição Norte-Colônia, que fica no a sala de exposição da Fundação Cultural de Vilhena até o dia 14 de Dezembro.
O teatro Wankabuki, que comemora 15 anos na cena em 2018, transformou a cidade de Vilhena-RO num palco a céu aberto, surgindo artistas em ruas a qualquer momento. O cortejo de abertura percorreu, na manhã do dia 13, a av Major Amarantes chegando a praça Nossa Senhora Aparecida. Nessa mesma manhã, iniciou a oficina Encenação teatral com o Prof. Dr. Luciano Flávio de Oliveira (DARTES-UNIR) que teve duração de 12h, distribuídas ao longo dos dias do evento. O espetáculo de abertura do Festival aconteceu na av Melvin Jhones, às 17h, a artista Millena Machado do grupo Spectrolab(Cuiabá-MT), toma a rua com Epifânia a boneca híbrida que preencheu os espaços da alma de todos com seus aromas, memórias e gestos. À noite, às 20h, a Trupe Os Conspiradores abre os espetáculos de espaços fechados, no CTC SICOOB-CREDSUL Sala Expansão com a Cena III da peça Inimigos do povo (contemplando com o prêmio Jango Rodrigues-2017); seguido pelo O Barulho do Acre, com Uma história de Amor, história cantada que emocionou a plateia. Elenita Lima, 71 anos, espectadora, relata com lágrimas nos olhos: “essa história é a minha história, só quem viveu um amor e foi proibido de ficar com ele entende...vocês hoje mexeram muito comigo, fico arrepiada só de lembrar” encerra a fala mostrando o braço e limpando uma lágrima. Para fechar a primeira noite, o Wankabuki apresenta À Margem, espetáculo contemplado com o Prêmio de incentivo às artes cênicas do SESC RO-2018, em frente ao CTC, no pátio do espelho d’água.
O segundo dia de Festival, continua pela manhã com a oficina e às 14h, o início do 3° SECA Seminário da Cena Amazônica: Teatro e Comunidade, com a mesa: Estratégias de Mediação Cultural: Cena Teatral e Comunidade, debatedores: Andressa Batista (SESC RO), Sandra Buh (O Barulho do Acre-AC) e Écio Rogério (UFAC-AC), mediada por Valdete Sousa(Wankabuki -RO. Às 16h30min, o Festival invade a feira municipal do bairro São José, Amanara Brandão tece sua teia de memórias com a performance Seu Lixo. O festival ganhou ainda, uma apresentação especial, fora da programação, uma Trupe de palhaços, surgiu no meio da feira para fazer um Coralhaço. Às 20h, recomeça a programação na Sala Expansão, abrindo a segunda noite com o vídeoarte Imersão, resultado do trabalho da pesquisa Norte-Colônia do artista Rafael Barros (Porto Velho-RO); a noite segue com O Barulho do Acre com o monólogo Agreste, que pôs a plateia de olhos marejados e outros em lágrimas com a belíssima atuação de Mateus Filgueira e sonoplastia de Sandra Buh e Écio Rogério; e por fim, Taiane Sales, com a performance Das Dores que tem direção de Luciano Flávio de Oliveira, fechando a noite com a força e a garra da mulher brasileira e suas lutas cotidianas.


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